O embate com os servidores públicos, embora o governador Pedro Taques (PSDB) diga que é uma “lenda”, sempre foi visível desde o primeiro ano da atual gestão. A dificuldade de diálogo, as discussões em torno do pagamento da Revisão Geral Anual (RGA), entre outros motivos, agravaram essa crise ao longo dos últimos três anos. Mas a culpa não se restringe ao chefe do Executivo, é o que defende o candidato a deputado federal pela chapa do tucano, Max Campos (PSB),que se apresenta como legítimo representante do funcionalismo. “Eu acredito que o servidor saberá diferenciar”, avaliou, em entrevista ao Olhar Direto.
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“Nós entendemos como está o nosso Governo e o que veio de herança. A primeira coisa que você tem que ter em mente, eu digo isso para todos os nossos colegas servidores para a conquista do voto e da confiança, mesmo estando na base governista, é que o CPF do Pedro Taques é diferente do candidato a federal Max Campos”, declarou o candidato, que compõem o funcionalismo mato-grossense há 16 anos, lotado no Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) de Mato Grosso.
Max admite que há desgastes na relação entre o governador e o funcionalismo, mas para ele, parte da responsabilidade deve ser atribuída ao secretariado. Ao assumir o Governo, Taques escolheu um perfil exclusivamente técnico para compor seu staff. A decisão foi amplamente criticada e frente às inúmeras dificuldades enfrentadas o tucano acabou cedendo espaço para políticos em sua gestão.
“É difícil hoje dizer que o Governo de Mato Grosso se encontra num bom diálogo com os servidores públicos? É sim. Enfrentamos um desgaste muito grande no ano de 2016 com a greve, perdeu-se muito. Mas eu não culpo a pessoa do Pedro, eu diria que em grande parte esses desgastes advém dos secretários, que inclusive já saíram do Governo. Não houve uma procura aos líderes sindicais, houve muito bate-boca”, analisou.
Esta é a segunda vez que Max Campos tenta alcançar um cargo eletivo. Em 2016, ele foi pré-candidato a vereador em Cuiabá. Bastante conhecido entre políticos e o próprio funcionalismo, graças à sua atuação como representante da classe, o servidor agora se apresenta ao eleitor mato-grossense e pontua que suas propostas vão além das repartições. Confira:
Representante dos servidores
Meu nome é Max Campos, tenho 39 anos, sou casado, sou cuiabano, minha família é toda de Cuiabá. Sou servidor público do estado de Mato Grosso há 16 anos, estou lotado no Indea, tenho uma vida funcional sem nenhuma mácula, sem nenhuma anotação que me rebaixe, sou ficha limpa, não respondo a nenhum processo e acredito muito na renovação que tem que acontecer na política. Por isso nós colocamos nosso nome à disposição.
Por que a Câmara Federal?
Existe uma discussão muito grande dentro do Fórum Sindical de que nós precisamos ter representantes na Assembleia Legislativa. O reflexo disso realmente foi a briga do RGA em 2016. Entretanto, eu consegui vislumbrar uma chance maior de eleição, apesar do coeficiente eleitoral estar em 160 mil votos, se houver o entendimento de que o servidor público, seus amigos, seus familiares, nós conseguimos sim, através dessa união eleger um único deputado federal. Nós somos 100 mil servidores públicos, sendo 30 mil aposentados e 70 mil ativos. A minha bandeira principal, realmente, é a defesa dos direitos dos servidores públicos. Mas não só dos servidores públicos, mas também do Agro.
A bandeira do Agronegócio
Muitos falam mal do agronegócio, mas nós não podemos esquecer que o PIB de Mato Grosso advém do agro, respondemos por 52%, então nós estamos atrelados até o tutano no agronegócio. Tem que ter também consciência que a geração de emprego e renda também advém do agro. Nós temos as cidades de Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum que são exemplos práticos disso.
Entretanto, não tem formula mágica. Mato grosso é reflexo do nosso país, mas ele vive uma expectativa diferente, porque nós somos uma área produtora. Nós somos hoje os maiores produtores de algodão, maiores produtores de soja, maiores produtores de milho, porém nós mandamos todo esse material in natura para fora. Então qualquer que seja o candidato, nós temos que ter planejamento, verticalização de produção e industrialização, nós temos que agregar valor. Um exemplo prático disso é que mesmo sendo campeões na produção de algodão, nós mandamos toda a matéria prima para fora, para agregar valor lá fora e voltar em forma de uma camiseta de algodão na qual nós vamos pagar uma fortuna, enquanto a maioria desses valores agregados vai ficar lá fora e não volta pro Estado.
Defesa do Indea
O Indea hoje mantém cerca de mil funcionários, muitos em estado de aposentadoria. Então nós vamos precisar realmente fazer com que cada candidato ao Governo tenha duas coisas em mente: a criação de um Fundo, diferente do Fase - que é o Fundo da Semente - e do Fese - que é o fundo da área animal – que são geridos por entidades privadas.Já apresentei isso ao governador Pedro Taques, juntamente também para outros candidatos como Wellington Fagundes e Mauro Mendes. A criação do Fundeagro, que é um fundo exclusivo para a defesa agropecuária. E a abertura de concurso público. Nós temos hoje 27 unidades do Indea que não possui a figura do médico veterinário. Então nós precisamos urgentemente dessas duas coisas. Para que Mato Grosso realmente caminhe tem que investir. O atual Governo errou e ele mesmo admite esses erros. Criou uma equipe técnica, uma equipe com menos de 40 anos de idade. Nós precisamos ouvir os municípios, saber ouvir os prefeitos, os vereadores de cada município, quais que são as demandas necessárias. Nós precisamos de estradas, nós precisamos de hospitais, nós precisamos de escolas. Muito têm-se feito, mas nós precisamos de mais. E principalmente, nós precisamos manter a estrutura organizacional. Servidor público não é só subsidio, não é só salário. Para que você receba um atendimento que seja célere, rápido e eficiente, nós precisamos de treinamento, nós precisamos de estrutura e isso demanda também de investimento. Qualquer um que seja o candidato eleito tem que ter isso em mente.
Coligação com Taques
Primeiro que eu não tenho procuração para fazer papel de advogado do Pedro Taques, cada um responde pelos seus atos. Entretanto, é praticamente impossível você não atrelar, realmente. Você tem que ter um partido, né?! Hoje no Brasil para você ser candidato é preciso estar há no mínimo seis meses filiado a algum partido político. Eu encontrei no PSB um partido de centro esquerda, um partido que realmente me deu apoio e estrutura para ser candidato. Eu sou servidor público, sou assalariado, não posso tirar do meu bolso - colocando em risco faltar alguma coisa na minha mesa, porque eu tenho família, tenho meus compromissos financeiros do dia a dia – eu não tenho ajuda financeira de Governo nenhum, eu não tenho ajuda financeira de qualquer outro lugar, não tenho ajuda financeira de empresas, se eu saio para algum outro lugar, município é através de meu próprio bolso. Eu acredito que o servidor saberá diferenciar sim que o candidato Max Campos vai defender essa bandeira. E não somente a defesa agropecuária, como do próprio povo, dos produtores rurais, do agronegócio, essa é a nossa bandeira.
Apoio a presidenciáveis
Foi decidido na convenção nacional [do PSB] não ter um presidente, está aberto. Particularmente estou estudando, porque eu acho muito cedo, só houve um debate nacional referente aos candidatos. Mas eu não vi propostas nem da direita nem da esquerda. Eu acho que nem existe direita e esquerda no Brasil. Quem ta fora quer entrar, quem ta dentro não quer sair. Mas o debate ele tem que ser feito com propostas, não com ataques. Eu peço muito, inclusive, para os candidatos aqui de Mato Grosso se atentarem às propostas. Então, eu acredito muito mais no diálogo. O erro desse Governo foi justamente não ter aberto mais diálogo. Quem quer que seja o próximo governador, ele tem que estar atento a isso, ter diálogo com os servidores públicos. Porque o maior patrimônio do estado são seus servidores, o servidor concursado permanece.
A favor do armamento
Eu gostaria de dizer uma coisa, que é particular, que eu carrego comigo: eu sou totalmente contra o aborto, sou a favor da família, prezo muito pelos valores familiares morais. Prezo muito também pelos direitos constitucionais dos trabalhadores do estado de Mato Grosso, dos cidadãos serem atendidos tal como o incentivo a moradia, incentivo a educação, incentivo ao tratamento de saúde de qualidade, essa é a nossa briga. E também sou a favor do armamento civil, de acordo com as regras instituídas. Para finalizar, eu deixo aqui a possibilidade de levar uma reflexão ao servidor público, aos familiares e amigos do servidor público: nós estamos cansados de ser massa de manobra, então eu peço que todos reflitam sobre o nosso futuro, o que nós esperamos para Mato Grosso como servidores e se realmente nós temos esses valores agregados. Podemos eleger representantes tanto para a Câmara Federal como para a Assembleia Legislativa, para que possamos cobrar efetivamente de legítimos representantes da classe de servidores públicos.
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“Nós entendemos como está o nosso Governo e o que veio de herança. A primeira coisa que você tem que ter em mente, eu digo isso para todos os nossos colegas servidores para a conquista do voto e da confiança, mesmo estando na base governista, é que o CPF do Pedro Taques é diferente do candidato a federal Max Campos”, declarou o candidato, que compõem o funcionalismo mato-grossense há 16 anos, lotado no Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) de Mato Grosso.
Max admite que há desgastes na relação entre o governador e o funcionalismo, mas para ele, parte da responsabilidade deve ser atribuída ao secretariado. Ao assumir o Governo, Taques escolheu um perfil exclusivamente técnico para compor seu staff. A decisão foi amplamente criticada e frente às inúmeras dificuldades enfrentadas o tucano acabou cedendo espaço para políticos em sua gestão.
“É difícil hoje dizer que o Governo de Mato Grosso se encontra num bom diálogo com os servidores públicos? É sim. Enfrentamos um desgaste muito grande no ano de 2016 com a greve, perdeu-se muito. Mas eu não culpo a pessoa do Pedro, eu diria que em grande parte esses desgastes advém dos secretários, que inclusive já saíram do Governo. Não houve uma procura aos líderes sindicais, houve muito bate-boca”, analisou.
Esta é a segunda vez que Max Campos tenta alcançar um cargo eletivo. Em 2016, ele foi pré-candidato a vereador em Cuiabá. Bastante conhecido entre políticos e o próprio funcionalismo, graças à sua atuação como representante da classe, o servidor agora se apresenta ao eleitor mato-grossense e pontua que suas propostas vão além das repartições. Confira:
Representante dos servidores
Meu nome é Max Campos, tenho 39 anos, sou casado, sou cuiabano, minha família é toda de Cuiabá. Sou servidor público do estado de Mato Grosso há 16 anos, estou lotado no Indea, tenho uma vida funcional sem nenhuma mácula, sem nenhuma anotação que me rebaixe, sou ficha limpa, não respondo a nenhum processo e acredito muito na renovação que tem que acontecer na política. Por isso nós colocamos nosso nome à disposição.
Por que a Câmara Federal?
Existe uma discussão muito grande dentro do Fórum Sindical de que nós precisamos ter representantes na Assembleia Legislativa. O reflexo disso realmente foi a briga do RGA em 2016. Entretanto, eu consegui vislumbrar uma chance maior de eleição, apesar do coeficiente eleitoral estar em 160 mil votos, se houver o entendimento de que o servidor público, seus amigos, seus familiares, nós conseguimos sim, através dessa união eleger um único deputado federal. Nós somos 100 mil servidores públicos, sendo 30 mil aposentados e 70 mil ativos. A minha bandeira principal, realmente, é a defesa dos direitos dos servidores públicos. Mas não só dos servidores públicos, mas também do Agro.
A bandeira do Agronegócio
Muitos falam mal do agronegócio, mas nós não podemos esquecer que o PIB de Mato Grosso advém do agro, respondemos por 52%, então nós estamos atrelados até o tutano no agronegócio. Tem que ter também consciência que a geração de emprego e renda também advém do agro. Nós temos as cidades de Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum que são exemplos práticos disso.
Entretanto, não tem formula mágica. Mato grosso é reflexo do nosso país, mas ele vive uma expectativa diferente, porque nós somos uma área produtora. Nós somos hoje os maiores produtores de algodão, maiores produtores de soja, maiores produtores de milho, porém nós mandamos todo esse material in natura para fora. Então qualquer que seja o candidato, nós temos que ter planejamento, verticalização de produção e industrialização, nós temos que agregar valor. Um exemplo prático disso é que mesmo sendo campeões na produção de algodão, nós mandamos toda a matéria prima para fora, para agregar valor lá fora e voltar em forma de uma camiseta de algodão na qual nós vamos pagar uma fortuna, enquanto a maioria desses valores agregados vai ficar lá fora e não volta pro Estado.
Defesa do Indea
O Indea hoje mantém cerca de mil funcionários, muitos em estado de aposentadoria. Então nós vamos precisar realmente fazer com que cada candidato ao Governo tenha duas coisas em mente: a criação de um Fundo, diferente do Fase - que é o Fundo da Semente - e do Fese - que é o fundo da área animal – que são geridos por entidades privadas.Já apresentei isso ao governador Pedro Taques, juntamente também para outros candidatos como Wellington Fagundes e Mauro Mendes. A criação do Fundeagro, que é um fundo exclusivo para a defesa agropecuária. E a abertura de concurso público. Nós temos hoje 27 unidades do Indea que não possui a figura do médico veterinário. Então nós precisamos urgentemente dessas duas coisas. Para que Mato Grosso realmente caminhe tem que investir. O atual Governo errou e ele mesmo admite esses erros. Criou uma equipe técnica, uma equipe com menos de 40 anos de idade. Nós precisamos ouvir os municípios, saber ouvir os prefeitos, os vereadores de cada município, quais que são as demandas necessárias. Nós precisamos de estradas, nós precisamos de hospitais, nós precisamos de escolas. Muito têm-se feito, mas nós precisamos de mais. E principalmente, nós precisamos manter a estrutura organizacional. Servidor público não é só subsidio, não é só salário. Para que você receba um atendimento que seja célere, rápido e eficiente, nós precisamos de treinamento, nós precisamos de estrutura e isso demanda também de investimento. Qualquer um que seja o candidato eleito tem que ter isso em mente.
Coligação com Taques
Primeiro que eu não tenho procuração para fazer papel de advogado do Pedro Taques, cada um responde pelos seus atos. Entretanto, é praticamente impossível você não atrelar, realmente. Você tem que ter um partido, né?! Hoje no Brasil para você ser candidato é preciso estar há no mínimo seis meses filiado a algum partido político. Eu encontrei no PSB um partido de centro esquerda, um partido que realmente me deu apoio e estrutura para ser candidato. Eu sou servidor público, sou assalariado, não posso tirar do meu bolso - colocando em risco faltar alguma coisa na minha mesa, porque eu tenho família, tenho meus compromissos financeiros do dia a dia – eu não tenho ajuda financeira de Governo nenhum, eu não tenho ajuda financeira de qualquer outro lugar, não tenho ajuda financeira de empresas, se eu saio para algum outro lugar, município é através de meu próprio bolso. Eu acredito que o servidor saberá diferenciar sim que o candidato Max Campos vai defender essa bandeira. E não somente a defesa agropecuária, como do próprio povo, dos produtores rurais, do agronegócio, essa é a nossa bandeira.
Apoio a presidenciáveis
Foi decidido na convenção nacional [do PSB] não ter um presidente, está aberto. Particularmente estou estudando, porque eu acho muito cedo, só houve um debate nacional referente aos candidatos. Mas eu não vi propostas nem da direita nem da esquerda. Eu acho que nem existe direita e esquerda no Brasil. Quem ta fora quer entrar, quem ta dentro não quer sair. Mas o debate ele tem que ser feito com propostas, não com ataques. Eu peço muito, inclusive, para os candidatos aqui de Mato Grosso se atentarem às propostas. Então, eu acredito muito mais no diálogo. O erro desse Governo foi justamente não ter aberto mais diálogo. Quem quer que seja o próximo governador, ele tem que estar atento a isso, ter diálogo com os servidores públicos. Porque o maior patrimônio do estado são seus servidores, o servidor concursado permanece.
A favor do armamento
Eu gostaria de dizer uma coisa, que é particular, que eu carrego comigo: eu sou totalmente contra o aborto, sou a favor da família, prezo muito pelos valores familiares morais. Prezo muito também pelos direitos constitucionais dos trabalhadores do estado de Mato Grosso, dos cidadãos serem atendidos tal como o incentivo a moradia, incentivo a educação, incentivo ao tratamento de saúde de qualidade, essa é a nossa briga. E também sou a favor do armamento civil, de acordo com as regras instituídas. Para finalizar, eu deixo aqui a possibilidade de levar uma reflexão ao servidor público, aos familiares e amigos do servidor público: nós estamos cansados de ser massa de manobra, então eu peço que todos reflitam sobre o nosso futuro, o que nós esperamos para Mato Grosso como servidores e se realmente nós temos esses valores agregados. Podemos eleger representantes tanto para a Câmara Federal como para a Assembleia Legislativa, para que possamos cobrar efetivamente de legítimos representantes da classe de servidores públicos.
http://www.olhardireto.com.br/noticias/exibir.asp?id=449744&edt=33¬icia=servidor-do-estado-se-lanca-a-federal-e-defende-taques-de-desgaste-com-funcionalismo
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