O candidato ao Senado pela coligação “Pra Mudar Mato Grosso”, ex-governador Jayme Campos (DEM), culpou o governador Pedro Taques (PSDB) por sua desistência a disputa ao cargo nas eleições de 2014. O democrata explica que, na época, não sentiu confiança no tucano, e após a posse do governador ficou comprovado que ele estava certo.
Na época da desistência, foi atribuído a postura de Mauro Mendes - que também apoiava Taques - a desistência de Jayme. Segundo as informações, apesar de estar na coligação do atual governador, Mauro apoiaria a candidatura de Wellington Fagundes (PR) ao Senado, que acabou vencendo as eleições.
Jayme destaca que mesmo estando bem nas pesquisas em 2014, abrindo uma larga vantagem para o segundo colocado, não sentiu que estava inserido no grupo e comunicou para Taques que não seguiria na disputa. “Comuniquei o governador Pedro Taques de que eu não gostaria de ser mais candidato. Fiz uma carta, renunciei e fui cuidar da minha vida. Porque política tem que fazer naturalmente, com prazer. Naquele momento eu senti que não havia uma coisa espontânea do meu coração, eu não estava muito bem situado, acomodado, não estava com a certeza de que estava em um grupo político. A recepção por parte deles não era ideal”, revelou o candidato em entrevista a rádio Jovem Pan, na manhã desta sexta-feira (14).
Na opinião de Jayme, a melhor decisão que teve foi abandonar a disputa. Ele destacou que o resultado de toda articulação partidária e do mandato de Taques foi desastrosa. Em sua avaliação, o democrata cita que Taques não prestigiou os apoiadores e a consequência foi o “abandono em massa” dos aliados na eleição passada.
“Infelizmente não houve o prestigio das pessoas que lhe apoiaram. Imagina, eu eleito senador da República e não ter direito a indicar um secretário, um diretor geral. Seria muito ruim, seria um desprestígio. Como foi para muitos deputados estaduais, federais. Isso inviabilizou o futuro até mesmo das pessoas que ajudaram o Pedro, e que posteriormente o abandonaram e hoje estão em outras coligações partidárias”, explicou.
Entretanto, mesmo moldando as palavras ao criticar o atual governador, Jayme não minimiza citar o perfil “imposicionista” do tucano. O democrata reforça que Taques não deu oportunidade para nenhum dos aliados nem mesmo para cargos do 3° escalão, funções essas subordinadas.
Ele descreve ser inaceitável um governo não ser administrado com apoiadores. “Pedro não deu direito para ninguém de indicar até o 3º escalão. Como é que você faz com um grupo que lhe apoia, ajuda você ganhar a eleição, e este grupo que esteve com você não tem direito a participação de indicação de ideias de dar o ponto de vista político administrativo de dar sua opinião. Ficou muito ruim e deu no que deu”.
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