O candidato a senador Carlos Fávaro (PSD) não esconde a irritação com o resultado da pesquisa Ibope, encomendada pela TV Centro América, que aponta apenas 2% da predileção dos eleitores pelo seu nome nesta disputa eleitoral.
Além dessa constatação, o ex-vice-governador de Pedro Taques (PSDB) enfrenta uma onda de membros de seu partido que apoiam candidatos a majoritária de outras siglas, como foi o caso do ex-deputado federal Roberto Dorner (PSD), que declarou apoio a Wellington Fagundes (PR) e também a Adilton Sachetti (PRB) para o Senado.
“Não tenho que ficar debatendo pesquisa, o que vale é a campanha na rua, as coisas acontecendo. O Ibope erra muito e errou tanto que vou mostrar para a sociedade. Quando o Ibope erra, voluntariamente ou por incompetência, ele induz o cidadão a errar. O que vale mesmo é o resultado em 7 de outubro nas urnas”, assevera ao 
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Quanto à manifestação de Dorner, Fávaro diz que o respeita e que a postura adotada pelo importante líder político em Sinop (a 480 km de Cuiabá) não enfraquece o partido. “Nós temos dois votos para o Senado. O Dorner fez a manifestação dele. Eu respeito. Ele vota em mim. Candidatos do PSD estão todos trabalhando na unidade da chapa. É uma definição que está sendo feita com muita tranquilidade. Todo partido passa por um momento de acomodação, essa questão de transferência, um amigo aqui outro acolá. Mas o partido é muito reto em dizer e trabalhar nossa chapa com unidade. Esse tipo de posicionamento não vai enfraquecer o partido”.
Gilberto Leite
Fávaro aparece em última colocação entre os 11 candidatos ao Senado e questiona veracidade da pesquisa Ibope
Não é a primeira situação que Fávaro enfrenta para tentar controlar os ânimos de seus correligionários. Na pouco amistosa missão de presidir o partido, o ex-vice-governador já teve que usar munição pesada dentro da sigla para impedir que os quatro deputados estaduais do PSD, que tentam a reeleição (Gilmar Fabris, Ondanir Bortolini, o Nininho, Wagner Ramos e Pedro Satélite) compusessem a base de Taques nestas eleições.
O que fica evidente com as reviravoltas dentro do PSD é que a não continuidade de Fávaro no governo Taques, a quem defendeu com “unhas e dentes” nas eleições de 2014, demonstrou certa inconsistência do candidato. Sua renúncia foi muito próxima da pré-campanha eleitoral, e sua indefinição de qual lado entre os opositores seria o melhor – se ao lado de Wellington Fagundes (PR) ou Mauro Mendes (DEM) – também desgastou a imagem do candidato.
Fávaro ficou ao lado Mauro e também de Jayme Campos (DEM), candidato ao Senado que até agora tem demonstrado a maioria das intenções de votos na maioria das pesquisas encomendadas até agora.
Apesar de tudo isso, e ainda de ter prefeitos da sigla que continuam a apoiar o jeito tucano de governança, Fávaro garante estar confiante que reverterá as estatísticas de intenção de voto na urna. Se o candidato está certo ou não, a única imagem que tem prevalecido é que o PSD segue a linha do cada um por si e o “salve-se quem puder”, enquanto ainda dá tempo.
Em Mato Grosso, a pesquisa Ibope foi realizada entre 21 e 24 de agosto de 2018. Foram entrevistados 812 eleitores em 36 municípios. Contratada por Televisão Ponta Porã Ltda, foi registrada no TRE com protocolo número MT-04065/2018 e no TSE com protocolo número BR-01573/2018.
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