Os preços dos alimentos puxaram a inflação oficial de janeiro, segundo os dados do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), divulgado nesta sexta-feira (8) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A taxa ficou em 0,32% no mês.
O feijão-carioca (19,76%), cebola (10,21%), frutas (5,45%) e carnes (0,78%) pesaram mais no bolso dos brasileiros. Já o tomate teve uma queda forte nos preços, de 19,46%, o que ajudou a conter a alta.
O analista do IPCA, Pedro Costa, explica que as variações dos produtos alimentícios são sazonais e que cada item possui uma especificidade. “No caso das frutas, é um aumento de demanda comum nos meses mais quentes do ano. A redução nos preços do tomate está relacionada à rápida maturação do produto, o que aumentou sua oferta no mercado”.
O leite longa-vida (2,1%) ficou mais caro depois de cinco quedas consecutivas. “O leite subiu um pouco, e passou por um período de queda após a alta da greve dos caminhoneiros. Agora está repondo”, explica Costa.
O grupo de transportes registrou taxa de 0,02%, sendo que os combustíveis tiveram queda de preço pelo terceiro mês consecutivo. Apenas os itens de vestuário ficaram mais barato no período.
A habitação também pesou mais para os brasileiros. Houve alta nos preços do aluguel residencial e condomínio, enquanto a energia elétrica ficou mais barata.
Em dezembro de 2018, a inflação registrou 0,15%. A inflação dos últimos 12 meses ficou em 3,78%.
O valor ficou estável em comparação com janeiro de 2018, quando a inflação era de 0,29%.
O IPCA mede o impacto do preço dos produtos e serviços brasileiros para famílias com rendimento de um (R$ 998) a 40 salários mínimos (R$ 39.920).
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