A pastora Juliana Sales Alves, mãe de Joaquim e Kauã, de 3 e 6 anos, mortos em um incêndio em Linhares, foi transferida de Minas Gerais para o Espírito Santo neste sábado (14). Ela e o marido, o pastor Georgeval Alves, são acusados pelo homicídio das crianças.
Juliana estava presa em Teófilo Otoni desde o dia 20 de junho e foi levada para o Centro Prisional Feminino de Cariacica, na Grande Vitória.
Georgeval, pai de Joaquim e padrasto de Kauã, foi acusado de estuprar, agredir e queimar as crianças. Já Juliana foi presa porque, segundo o juiz, foi omissa e sabia dos abusos que as vítimas sofriam.
O filho mais novo do casal foi entregue pelo Conselho Tutelar ao avô materno em Linhares, que é quem tem a tutela da criança agora.
Ordem de prisão
A ordem de prender a pastora partiu do juiz André Dadalto, da 1ª Vara Criminal de Linhares. De acordo com a decisão, Juliana sabia dos desvios de caráter do marido, e mesmo assim apoiava os planos dele de se promover na igreja.
Pastora virou ré porque foi omissa, diz promotora
Para o Ministério Público, assassinar os próprios filhos estava nos planos do casal. Seria uma tragédia a ser usada pelo pastor para se promover na igreja.
“O pastor George, em parceria com a pastora Juliana, buscava uma ascensão religiosa e aumento expressivo de arrecadação de valores por fiéis e, para esta finalidade, ceifou a vida dos menores Kauã e Joaquim para se utilizar da tragédia em seu favor”, diz a decisão.
Juliana também estava ciente sobre as diferenças de tratamento que George dava para os filhos e o enteado. A decisão diz que George deixava faltar alimento, medicamento e atendimento médico para as crianças.
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