Valtenir tem mandato questionado por trocas de siglas e votação contra impeachment, mas se destaca por emendas
Apesar do histórico de sete mudanças partidárias - iniciou no PT, passou pelo PSB, Pros, PMB, MDB, voltou ao PSB e de novo MDB - e polêmicas envolvendo a briga pelo comando do PSB, o deputado Valtenir Pereira tende a ter facilidade em sua reeleição, caso confirme a intenção de disputar seu 4º mandato na Câmara Federal, na convenção marcada para sábado (05). No partido, o MDB, o parlamentar deve enfrentar disputa acirrada com o presidente regional da sigla, deputado Carlos Bezerra, e o ex-prefeito de Sinop Juarez Costa.
Em uma análise fria, Valtenir se fortalece pelo perfil que aplica em seu mandato. Entre os deputados federais por Mato Grosso, o emedebista foi o que conseguiu aprovar o maior número de projetos para destinar emendas impositivas nesta legislatura (2015-2018).
Se por um lado ficou marcado por ser contrário ao processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), foi responsável por destinar 45 emendas que somam o valor de R$ 63,5 milhões, sendo que 78% desse valor foram empenhados, totalizando R$ 78 milhões. O deputado foi o parlamentar com maior valor aprovado em todo o paí, com a maioria das emendas sendo destinadas aos municípios, principalmente, para suprir os deficits da saúde pública.Os dados fazem parte do Portal Siga Brasil, do Congresso Nacional.
Nesta esfera, Valtenir se diz confiante para seguir rumo a um novo mandato, mas que manterá os pés no chão.
Aliança com Mauro
No cenário estadual, seu partido apoia o projeto de Mauro Mendes (DEM) pela chefia do Poder Executivo estadual. Apesar de parecer antagônica a inclusão do MDB na eventual chapa democrata, por não possuir nomes que disputarão a majoritária, Valtenir pondera que a participação da sigla na aliança liderada pelo DEM será fator agregador e responsável por garantir capilaridade no interior do Estado, visto que o MDB comanda 16 prefeituras, tem 21 vice-prefeitos, mais 150 vereadores, três deputados estaduais e dois federais.
Quanto à avaliação dos adversários de Mauro rumo ao governo, Valtenir pontua que o governador Pedro Taques (PSDB) assim como o senador Wellington Fagundes (PR), apesar de serem “bons políticos” e de possuírem “articulação em Brasília”, precisam dar espaço para novas ideias, que segundo o parlamentar serão apresentadas pelo pré-candidato democrata.
Emendas Impositivas
Mato Grosso recebeu R$ 417 milhões provindos de 299 emendas impositivas, sendo 219 de autoria dos deputados federais e 80 dos senadores. O montante recebido, entre 2015 até julho deste ano, representa 66,7% do total de projetos aprovados, que totaliza R$ 624,3 milhões.
Entre os parlamentares mato-grossenses, Ságuas Moraes (PT), foi o que apresentou o maior número de emendas, totalizando 49. Ao todo, foram aprovados R$ 61,6 milhões, mas apenas 63% foram empenhados, garantindo que R$ 38 milhões fossem distribuídos em projetos em Mato Grosso.
Carlos Bezerra (MDB) foi quem menos apresentou emendas no período, apenas 14. Mas, em valores foram aprovados R$ 61,7 milhões, sendo que R$ 44,5 milhões foram pagos pelos projetos. Adilton Sachetti (PRB) apresentou 40 emendas avaliadas em R$ 45 milhões, sendo que R$ 39 milhões foram pagos.
Victório Galli (PSL) foi o parlamentar que apresentou o menor valor em emendas. Na atual legislatura foram R$ 15 milhões aprovados em 25 emendas. 63% deste valor (R$ 9,7 milhões) foi pago. Nilson Leitão (PSDB) apresentou 38 emendas impositivas, cujo valor soma R$ 61,7 milhões. Deste montante, 65% foram pagos, totalizando R$ 40,3 milhões.
Ezequiel Fonseca (PP) aprovou 30 emendas ao valor de R$ 61,6 milhões, dos quais foram empenhados R$ 38 milhões. Fábio Gárcia (DEM) apresentou 20 emendas avaliadas em R$ 45 milhões, sendo que R$ 36 milhões foram pagos.
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