Adversário político de Mauro Mendes, Emanuel demonstrou total disposição para brigar até o fim por VLT em encontro com Jader Filho
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O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), voltou a falar na manhã desta segunda-feira (30), sobre seu descontentamento em torno das obras do BRT (Ônibus de Trânsito Rápido), que já começaram em Várzea Grande, e que o Governo do Estado pretende logo atingir Cuiabá. Defensor ferrenho do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), o emedesbista, que esteve recentemente em Brasília, disse que tem buscado formas de barrar o BRT e testemunhou que o Governo Federal está ‘horrorizado’ com o enterro de mais de R$ 2 bilhões já investidos com o VLT.
Segundo Pinheiro, já está articulada a pauta para ser tratada com vários ministros. “O governo federal está horrorizado com a situação do VLT. Nesse momento, eles me pediram todas as informações, tanto da realidade das obras, como do ponto de vista jurídico, porque eles estão horrorizados e não estão entendendo como pode uma obra dessa envergadura, com tamanho investimento, com tanto tempo passado, que significa a redenção do transporte coletivo das duas maiores cidades do Estado, ter levado este fim, ter ido por este caminho, que representa a história do maior desperdício do dinheiro público de Mato Grosso e do Brasil, e eles querem saber informações minuciosas”, disse.
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Pinheiro destacou que já recorreu a Jader Filho, atual ministro das Cidades e Alexandre Padilha, ministro de Relações Institucionais. “Eu contei para o ministro Jader e ele mesmo ficou boquiaberto, não só ele, outros ministros também que conversei também ficaram. Eu estou fazendo esse levantamento para levar e entregar para eles, para expressar que Cuiabá não quer o BRT, nós queremos o VLT, esse modal que inclusive, era bandeira de Dilma Rousseff. Estou levando isso para o Governo e falei sobre isso inclusive para o, Alexandre Padilha (PT). Essa pauta é uma bandeira do PT que largaram no tempo e no espaço, sem compromisso, com rios de dinheiro que veio pra Mato Grosso com esse objetivo”, reiterou.
Obras do BRT
Essa não é a primeira vez que o gestor se manifesta contra o BRT. No último mês, Emanuel já havia garantido que iria ‘lutar até o fim’ pelo VLT. À época, o gestor ainda falou sobre a tristeza em ver que os trilhos do modal já estão sendo removidos na cidade vizinha para dar início a implantação do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT).
Na avaliação de Emanuel, a substituição do modal na Capital e região faz com que o Estado caminhe de forma contrária ao desenvolvimento. “O BRT é retrocesso, ele é a volta ao passado, como eu estou triste… passar naquela avenida da FEB e ver desmontar e arrebentar milhões e milhões de reais que foram colocados ali e ver Cuiabá e Várzea Grande sendo ameaçados de voltar para o passado, com um sistema ultrapassado e decadente que é esse BRT”, disse.
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Conforme o prefeito, a decisão de apoiar a finalização das obras do VLT não é um ‘mero capricho’ de embate com o governador do Estado, Mauro Mendes (União), mas sim, faz parte do que ele acredita ser melhor para Cuiabá. O gestor ainda critica de maneira intensa a falta de diálogo aberto com a sociedade e a nebulosidade do pseudoestudo técnico que embasou o governador, Mauro Mendes (União), a tomar a decisão.
A gestão estadual achou por bem abandonar um projeto já majoritariamente implantado (com vagões já prontos para iniciar atividade), que já havia mais de R$ 1 bilhão, tendo que quitar outros mais R$ 560 milhões do convênio VLT com a Caixa Econômica para ficar livre para investir, entre obras e ônibus, estimados R$ 700 milhões para implantar o BRT.
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